Descrição
Em agosto de 1968, um comitê "ad hoc" criado pela Harvard Medical School propôs uma redefinição do conceito tradicional de morte, com base na cessação das atividades cardiopulmonares. De acordo com os novos critérios, que justificavam todos os tipos de transplantes, bastaria um achado estritamente neurológico para determinar a morte: a cessação definitiva das funções cerebrais, definida como coma "irreversível". Esses critérios neurológicos, adotados por muitos legisladores ocidentais, parecem hoje ter perdido a justificativa científica na qual seu uso foi inicialmente baseado. Ao longo dos anos, desde a sua primeira aplicação, surgiram inúmeras evidências clínicas, que se revelaram inexplicáveis à luz dos dados científicos, suscitaram questões - antes de mais de natureza médico-biológica, mas também ético-filosófica, teológica, jurídica - e têm contribuído para reabrir um debate aparentemente muito atrasada. Enquanto a discussão sobre todo o assunto é animada na Alemanha, Japão, Grã-Bretanha e Estados Unidos da América, na Itália a questão ainda não é muito completa. A coleção de estudos Finis Vitae. A morte cerebral ainda é vida? (Roma, 2006) agora apresentado em tradução italiana, pretende fornecer uma reconstrução precisa desse debate e sugerir uma revisão cuidadosa do conceito de morte encefálica.
Detalhes
Autor: Roberto de Mattei
Edição: Rubbettino
Ano de edição: 2008
Páginas: 482
ISBN: 978-88-498-2026-3